Bombardeios israelenses deixam 28 mortos em Gaza, afirma Defesa Civil
A Defesa Civil de Gaza anunciou neste domingo as mortes de 28 pessoas em vários bombardeios do exército israelense durante a noite, incluindo quatro crianças em uma escola para pessoas deslocadas, onde as forças de segurança de Israel afirmaram que atacaram "terroristas do Hamas".
O movimento islamista e outros dois grupos palestinos afirmaram no sábado que um acordo de cessar-fogo está "mais perto do que nunca" na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra com Israel há mais de um ano.
Contudo, os ataques israelenses não dão trégua.
"Um bombardeio contra a escola Musa ibn Nusayr, que abriga milhares de pessoas deslocadas no leste da Cidade de Gaza, deixou oito mártires, incluindo quatro crianças", disse à AFP o porta-voz da agência, Mahmud Bassal.
O exército israelense afirmou em um comunicado que, na madrugada de domingo, efetuou um "bombardeio seletivo contra terroristas do Hamas que operavam" dentro do estabelecimento "para preparar ataques terroristas contra as tropas israelenses e o Estado de Israel".
"Múltiplas medidas foram adotadas antes do ataque para reduzir o risco de atingir civis", acrescenta a nota.
Outro "bombardeio israelense contra a residência da família Abu Samra em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza", deixou 13 vítimas, afirmou a Defesa Civil.
A agência relatou também as mortes de quatro pessoas "depois que um veículo civil foi alvo de um drone israelense" na manhã de domingo na Cidade de Gaza, e de outras três "não identificadas em um bombardeio israelense no leste de Rafah", ao sul do território.
O papa Francisco condenou no sábado a "crueldade" de um bombardeio israelense que matou sete crianças em Gaza na sexta-feira, segundo a Defesa Civil.
Israel, em resposta, acusou o papa de adotar uma "dupla moral" e de estar "desconectado" do "contexto real" da "luta contra o terrorismo".
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque de milicianos do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
No ataque, os combatentes islamistas mataram 1.208 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses que incluem as mortes de alguns reféns capturados pelo Hamas.
Os combatentes também sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza. Deste grupo, 34 teriam morrido, segundo o exército israelense.
A ofensiva de represália israelense matou mais de 45.250 pessoas em Gaza, segundo os dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
V.Bertemes--LiLuX